segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Abre Aspas: Fernando Pessoa

Deus sabe que eu sempre fui muito racional, apesar de as vezes não pensar em nada, nenhuma vez antes de fazer alguma coisa, e que pra mim entender poesia sempre foi um mistério, até que um dia uma colega de faculdade me disse que "você não precisa entender poesia". Até que em Junho desse ano, eu ganhei o Toda Poesia do Leminski e entendi que poesia não se entende, se sente e foi com as 400 e tantas páginas da obra do poeta curitibano que eu tive meu batismo poético. Porém, entretando, contudo, todavia... Antes de Leminski existia um certo poeta português, que conseguiu resumir a razão da minha existência num verso de poesia que me acompanharia desde minha pré-adolescência, até ficar para sempre marcado na minha pele. A ironia é que eu conhecia quase nada do meu poeta, e depois de Leminskar loucamente decidi desbravar o português quase arcaico e rebuscado de Fernando Pessoa, num livro de 100 e poucas páginas contendo algumas de suas melhores obras eu flutuei e quis morrer, porque quanto mais eu lia mais eu sentia que Pessoa e seus vários heterônimos são meus poetas. Eis aqui o porque:






8 comentários:

Ana Luísa disse...

Sabe que eu dizia que não gostava de poesia também? Com seu post acabo de entender de uma vez por todas que a gente realmente não gosta de poesia até... achar o nosso poeta! Depois que eu conheci Florbela Espanca minha vida mudou, e eu me descobri apaixonada por poesia, e ansiosa por desbravar mais autores. Mas não me forço. Leio quando tenho vontade. Estou com um livro do Drummond parado na minha cabeceira há quase 1 ano e não passei da metade, porque só pego quando ele me chama. HAHAHA
Beijos!

Ex-Princesa. Agora, Plebeia. disse...

Eu desisti de tentar entender poesia e passei a senti-la. Principalmente naqueles momentos em que o mundo lhe diz não e ela surge como música para os nossos ouvidos.

Passei a frequentar mais Sebos e dou pulinhos de alegria sempre que encontro uma coisa nova.

Viva a poesia. Sinta a poesia.

Marie Raya disse...

Eu também tinha um certo receio com poesia. Não entendia, achava que não gostava. Hoje tenho lido tanta coisa que, ainda que eu não entenda, mexe comigo de algum jeito, que eu tô amando. Beijos, linda.

Nathy disse...

Sim! Poesia a gente sente! E Fernando Pessoas é demais! Amo!

Gabriela Freitas disse...

Fernando é, no presente mesmo porque pra ele ainda vive em suas obras, o melhor de todos. Estudei-o no colégio e foi amor à primeira poesia.

Só pra deixar uma obs, voltei com o blog: http://denovomaisumavez.blogspot.com.br/ obris ♥

Paloma Engelke disse...

Sou dessas que ainda não se apegou com poesia. O problema é que eu nem tento, porque eu gosto tanto da prosa que não consigo desviar o pouco tempo que eu tenho para desbravar o mundo da poesia.

Mas um dia eu chego lá, quem sabe.

Beijos.

gabi disse...

Alê
Leminski é o amor do amor do amor ♥
Não gosto de poesia, mas adoro poesia marginal porque é quase não-poesia, sabe?
Beijo ;**

Anônimo disse...

Eu sei que poesia deve ser sentida, mas confesso que adoro ficar imaginando as metáforas lindas que fizeram os autores dizerem isso ou aquilo e Pessoa sempre foi um dos meus poetas preferidos, principalmente por causa de um poema chamado "A Tabacaria", mas a verdade é que nada que li dele me decepcionou. Na verdade, nunca me decepciono com poesia. É absurdamente fantástico!