quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

e fim.

Vim aqui compartilhar com vocês que finalmente deletei o Desconexa Sensação, depois de um ano e meio desativado, 211 posts e uma caralhada (desculpa) de acessos, eu deletei. E não doeu, não me senti mal nem traindo minhas versões anteriores. Só deletei.

Deletei porque esses dias eu peguei aquele blog pra ler desde as primeiras postagens, desde as primeiras crises, desde as primeiras decepções amorosas, desde o primeiro emprego, o primeiro salário e tantas primeiras coisas que eu já nem lembro mais. Deletei porque muita coisa que eu escrevi ali pra mim já não vale mais, deletei porque toda a dor que eu senti já não existe mais - graças a Deus -, nem o amor que eu achei que senti. Deletei todas essas coisas "ruins", porém necessárias e acabei deletando junto as coisas boas, os memes da máfia, os relatos do primeiro encontrão, alguns dos meus melhores contos e crônicas (mesmo eu sendo muito mais uma criança na época e nem sabendo escrever direito), meus sonhos, meus medos. Puff. Viraram pózinho virtual. Desapeguei. Assim como enquanto eu escrevo isso pensei seriamente em deletar esse endereço e começar tudo de novo, é loucura né? Mas pensei e to pensando mesmo, de verdade. Porque a graça da vida é a gente mudar, é a gente ser essa metamorfose ambulante e as vezes por mais que a gente mude tem coisas que não mudam com a gente, porque a gente sempre deixa um pouquinho da gente nos lugares, nas coisas e as vezes quando a gente muda não dá pra mudar o pouquinho que a gente já deixou por um pouquinho novo. Ou será que dá? Felizmente ou não eu sempre fui muito inconstante, sempre mudando (ou fugindo) quando não me identifico mais com alguma coisa ou com alguém, pra mim é muito fácil mudar, abandonar alguma coisa e começar outra do zero. É mais fácil, mais prático e ainda assim nem sempre é certo.

Fazendo uma analogia meio capenga, tem um filme da Hilary Duff que eu amo de paixão chamado The Perfect Man (ou Paixão de Aluguel traduzido), no qual nossa diva teen vive uma adolescente cuja mãe solteira vive procurando um homem perfeito e a cada decepção elas mudam de cidade, de estado, de vida... Cansada das mudanças Holy (personagem da Hilary Duff) cria um namorado virtual para mãe, até que ela própria sofre uma "decepção" amorosa e ela que quer se mudar. Acho que em partes eu sou a mãe da Holy, sempre à procura de alguma coisa nova e quando me "decepciono" (por falta de palavra melhor) eu mudo. Fiz isso com meu ex, cansei de fazer isso com as minhas amizades... Tai uma resolução pra 2015, insistir mais em tudo. Começando aqui pelo blog, porque uma hora a gente também cansa de começar tudo de novo.

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